Do motu proprio "Doctoris Angelici" de São Pio X:

"Nenhum Concílio celebrado posteriormente à santa morte deste Doutor, deixou de utilizar sua doutrina. A experiência de tantos séculos põe de manifesto a verdade do que afirmava Nosso Predecessor João XXII: «(Santo Tomás) deu mais luz à Igreja que todos os demais Doutores: com seus livros um homem aproveita mais em um ano, que com a doutrina dos outros em toda sua vida» "(Alocução no Consistório, 1318.)

DA "LECTURA SUPER MATTHAEUM" DE SANTO DE TOMÁS DE AQUINO:

Comentando sobre a Grande Aflição que haverá no mundo durante o período em que a "Abominação da Desolação" estiver ocupando o Lugar Santo, escreve o Angélico:

"Em seguida, haverá uma grande tribulação, porque o ensino cristão será pervertido por um falso ensino. E se esses dias não tivessem sido abreviados, ou seja, através do ensino da doutrina, da verdadeira doutrina, ninguém poderia ser salvo, o que significa que todos seriam convertidos à falsa doutrina."
[Comentário de Santo Tomás de Aquino ao Evangelho de São Mateus - Cap.24,22 - notas de Pierre d'Andria (1256-1259),(630 pags.) Tradução ao francês por Professor Jacques Ménard e Madame Dominique Pillet (2005).]

terça-feira, 30 de novembro de 2010

QUAL IMPEDIMENTO QUE DETÉM A VINDA DO ANTICRISTO?


Por Rodrigo Santana




Disponibilizamos nosso terceiro artigo - onde utilizamos os Comentários de Santo Tomás de Aquino - à respeito dos acontecimentos precedentes à segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, elucidados por São Paulo na sua Segunda Carta aos Tessalonicenses.
Recomendamos, portanto, também a leitura dos dois primeiros artigos para um melhor aprofundamento do tema:

O Apóstolo no segundo capítulo da referida carta nos esclarece sobre o tema da aparição do Anticristo. Dentro deste tema, um fato muito polêmico e cercado de mistério, é sobre o tal impedimento que ainda deteria a sua vinda, e que forçosamente deverá ser retirado para que tal aparição do anticristo seja concluída. É sobre este impedimento que faremos a presente reflexão, com base em trechos extraídos do Comentário de Santo Tomás de Aquino a II Carta de São Paulo aos Tessalonicenses. Iniciemos, recordando primeiramente o tema da apostasia.

1) O anticristo não virá enquanto não houver a apostasia quase geral dos fiéis.

 Antes que venha o anticristo haverá uma grande apostasia. Santo Tomás no seu  referido comentário afirma que será uma apostasia da Fé Católica:


"Estabelece logo a verdade, ao dizer: "porque não virá este dia sem que primeiro haja acontecido a apostasia"; e mostra primeiro o que acontecerá à vinda Anticristo, que são duas coisas: uma anterior à sua vinda; outra, a sua mesma vinda. Primeiro está a apostasia, que a Glosa explica de muitas maneiras, e primeiro da fé, que, segundo estava anunciado (Mt 24), todo mundo a receberia. Esta é, pois o sinal precursor, que - segundo Santo Agostinho - ainda não se cumpre; depois dela haverá muitos apóstatas (1Tm 4) "e pela inundação dos vícios se resfriará a caridade de muitos" (Mt 24,12).
Ou entende-se a apostasia ou separação do Império Romano, ao que todo o mundo estava submetido. Segundo Santo Agostinho, figura sua era a estátua de Daniel, em cujo capítulo 2 se nomeiam 4 reinos, os quais terminariam no acontecimento da vinda de Cristo; e que isto era um sinal a propósito, porque a firmeza e estabilidade do Império Romano estava ordenada a que, debaixo de sua sombra e senhorio se ensinasse por todo o mundo a fé cristã. Mas como pode ser isto, sendo já passados muitos séculos desde que os Gentios se apartaram do Império Romano e, isso não obstante, não havia vindo ainda o Anticristo? Digamos que o Império Romano ainda segue em pé, mas mudada sua condição de temporal em espiritual, como disse o Papa São Leão em um sermão sobre os Apóstolos. Por conseguinte, a separação do Império Romano há de entender-se, não só na ordem temporal, senão também na espiritual, e a saber, da fé católica da Igreja Romana. E isto é um sinal muito a propósito, porque, assim como Cristo veio quando o Império Romano senhoreava sobre todas as nações, assim pelo contrário o sinal do Anticristo é a separação dele ou apostasia."

Portanto, podemos ter como certo que haverá uma grande apostasia da Fé Católica. Após esta apostasia será retirado um impedimento providencial e daí virá o Anticristo.

2) Qual é o impedimento que detém o Anticristo?

 São Paulo continua:
"E vós agora sabeis o que é que o retém, a fim de que seja manifestado em seu tempo. Porque o mistério da iniqüidade (posto que ainda não tenha aparecido o Anticristo) já se opera, somente que aquele que agora o retém, retenha-o até que seja tirado do meio". (II Tess 2,6-7 – Tradução da Vulgata pelo Padre Matos Soares)

ou
"Vós já sabeis a causa que agora o detém, até que seja manifestado em seu tempo.O fato é que já vai obrando o mistério da iniquidade, entretanto, o que está firme agora mantenha-se até que seja tirado o impedimento".(tradução da Vulgata utilizada por Santo Tomás)


É evidente que existe uma causa (um impedimento) que detém a vinda do anticristo, explica o Apóstolo. E é importante notar-se que em determinado momento este impedimento deverá ser tirado, mas que, até um determinado momento deveria ainda manter-se: "...entretanto o que está firme agora mantenha-se ..."


Sobre este fato, Santo Tomás faz o seguinte comentário:


"(,,,)"Entretanto o que está firme agora". Isto também tem múltipla explicação:
Uma - segundo Santo Agostinho e a Glosa- diz que, na opinião de alguns, o Anticristo é Nero, o primeiro perseguidor dos cristãos, que não foi morto, senão roubado fraudulentamente, e que algum dia será restituído em seu lugar. Donde o Apóstolo, dando por vã esta opinião, diz: "entretanto o que está firme agora", tendo em suas mãos o Império, "mantenha-se, até que seja tirado o impedimento", isto é, até que morra. Mas explicado desta maneira não cai bem, porque há muitos anos que Nero está morto, à saber, o mesmo ano que o Apóstolo. Refere-se melhor a Nero, como pessoa pública do Império Romano, até que seja tirado do meio, isto é, o Império Romano, deste mundo (Is 23,9: foi o Senhor dos Exércitos que o decidiu, para fazer murchar o orgulho de tudo que se honra).(...)"


Fica evidente que o impedimento que deveria ser tirado para que surgisse o Anticristo fosse o Império Romano, mas que na época de São Paulo ainda mantinha-se.
Vimos acima, na reflexão nº1, a seguinte explicação de Santo Tomás referindo-se ao Império Romano:


"Digamos que o Império Romano ainda segue em pé, mas mudada sua condição de temporal em espiritual, como disse o Papa São Leão em um sermão sobre os Apóstolos. Por conseguinte, a separação do Império Romano há de entender-se, não só na ordem temporal, senão também na espiritual e, a saber, da fé católica da Igreja Romana."

Aplicando o mesmo princípio, admitido como válido, que Santo Tomás utilizou-se, baseado no Papa São Leão Magno, para explicar a separação do Império Romano no tema da apostasia (que é a separação do Império na ordem espiritual), mas agora aplicado ao tema da retirada do impedimento, podemos concluir que o Império Romano aqui indicado por Santo Tomás é também a Fé Católica da Igreja Romana (a separação do Império também na ordem temporal). A Igreja então seria ferida em sua visibilidade temporal, ou seja, em primeiro lugar na jurisdição, na hierarquia, nas congregações romanas, ficando reduzida a um pequeno número de bispos, padres e fiéis que ainda conservariam a Fé. Estes então sustentariam uma mínima, mas real parcela de visibilidade, durante a paixão da Esposa Imaculada de Cristo, confirmando daí o dogma da visibilidade permanente da Igreja. Assim o Anticristo só aparecerá quando a Fé Católica – além de ter sido apostatada pela grande maioria dos fiéis – também houver sido tirada deste mundo (não em sentido absoluto, pois restarão ainda poucos a possuir a Fé: aos pés da Cruz ainda restaram Maria Mãe de Jesus, São João Evangelista e Maria Madalena – do mesmo modo que ainda restava a família de Ló em Sodoma e Gomorra). Nosso Senhor referiu-se a essa apostasia quando perguntou: "Quando voltar encontrarei fé sobre a terra?"


Pois qual obstáculo poderia ser mais providencial para impedir a vinda do Anticristo do que a Fé Católica guardada pela Igreja Romana, coluna e sustentáculo da Verdade, a qual tem o Papa como guardião do depósito da Fé?

Qual o ladrão que ao planejar o assalto a um banco, primeiramente não anula a ação da vigilância? Assim ele poderá facilmente roubar o que quiser livremente.

Acaso a Fé da Igreja poderia nos ser tirada caso o Papa a estivesse guardando? Certamente que não. É certo que a Fé Católica (impedimento) só poderia ser tirada quando o Guardião fosse tirado: "pois ferido o pastor as ovelhas são dispersas". (Mc 14,27)
É o que está explícito no célebre exorcismo do Papa Leão XIII, que já profetizava a usurpação do Trono de São Pedro por um impostor:

"Eis que o antigo inimigo e homicida tem se erguido com impetuosidade. Transfigurado em "anjo de luz" (II Cor. 11, 14), com a escolta de todos os espíritos malignos, cercou e invadiu a terra inteira, e se instala em todo lugar, com o desígnio de manchar ali o Nome de Deus e de Seu Cristo, de roubar as almas destinadas à coroa da Glória Eterna, de destruí-las e perdê-las para sempre.

O dragão maldito transvasou, como rio imundíssimo, o veneno de sua iniqüidade em homens depravados de mente e corruptos de coração: incutiu-lhes o espírito de mentira, impiedade, blasfêmia, e seu hálito mortífero de luxúria, de todos os vícios e iniqüidades.

Os mais maliciosos inimigos tem enchido de amargura a Igreja, esposa do Cordeiro Imaculado, tem-lhe dado a beber absinto, tem posto suas mãos ímpias sobre tudo o que para Ela é mais sagrado. Onde foram estabelecidas a Sé do Beatíssimo Pedro e a Cátedra da Verdade como Luz para as Nações, eles tem erguido o Trono da Abominação e da Impiedade, de sorte que, ferido o Pastor, possa dispersar-se o rebanho."
Ó invencível Príncipe, ajuda o povo de Deus contra a perversidade dos espíritos que lhes atacam e dai-lhes a vitória. Amém.

(Indulgência de 500 dias (Leão XIII, Motu proprio, 25 de setembro de 1.888; S.P.Ap., 4 de maio de 1.934)
Padre Emmanuel André em seu opúsculo denominado "O Drama do Fim dos Tempos", é da mesma opinião de Santo Tomás, afirmando que o impedimento (obstáculo) seja o Império Romano:

"Assim o fim do mundo não chegará sem que tenha aparecido um homem apavorantemente mau e ímpio, o filho da perdição. E este, por sua vez, só se manifestará depois da grande apostasia geral, depois do desaparecimento de um obstáculo providencial sobre o qual o Apóstolo havia ensinado de viva voz a seus fiéis."(págs. 7/8)
O Apóstolo fala, em termos enigmáticos, de um obstáculo que se opõe à aparição do homem do pecado: "Aquele que o retém, diz ele, retenha-o, até que ele seja posto de lado".

"Por esse que retém, os mais antigos Padres gregos e latinos entendem, quase unanimemente, o Império Romano. Conseqüentemente, eles assim explicam São Paulo: enquanto subsistir o império romano, o Anticristo não aparecerá."(págs. 9/10)
Santo Tomás ainda nos dá mais duas complementações para o entendimento do mesmo versículo bíblico, seguimos com a segunda delas:

"(...)
Ou de outro modo:
"entretanto o que tem", isto é, detém agora a chegada do Anticristo, "detenha-o" para que não venha; qual se fosse necessário que alguns venham todavia à fé e alguns se apartem dela. Como se dissera: para deixar franquia à porta a ires e vires, entradas e saídas, "o que agora detém" até que venha, "detenha" até que seja tirado do meio este homem obsceno.(...)
(Comentário de Santo Tomás)
Ou como se dissesse: para deixar aberta a porta a ires e vires, entradas e aídas, "o que agora detém" até que venha, "detenha" até que seja mostrado (tirado do meio onde se oculta) este homem obsceno.
Aqui podemos entender que era necessário o Anticristo ficasse retido por um determinado tempo, para que a Fé Católica fosse ensinada e propagada para o mundo inteiro, onde alguns a receberiam e outros a negariam.

Passemos então a terceira complementação de Santo Tomás:

c) "(...)Ou também assim: entretanto o que tem agora tenha-a, isto é, mantenha-se firme nela (Ap 2). Até que seja tirado do meio, isto é, a reunião revoltosa de maus, se separe dos bons e se ponha aparte, como se fará na perseguição do Anticristo. Ou entretanto... isto é, que o mistério de iniquidade, a iniquidade misteriosa, que detém, detenha, até que a removam de seu esconderijo ao centro da praça, à vista do público; pois muitos pecam agora às ocultas, mas chegará o dia no qual farão à luz do dia; porque Deus suporta os pecadores enquanto às ocultas cometem seus pecados; mas o dia em que encontrarem o limite, então se lhe acabará a paciência, como sucedeu com os Sodomitas. Com tudo isso, Santo Agostinho confessa ignorar o que é o que o Apóstolo lhes diz, se já o sabiam; por isso diz: "já sabéis o que agora detém". Ademais não era coisa muito necessária de saber-se.(...)"

Como se dissesse: Até que seja tirado do meio (onde se oculta), isto é, a reunião revoltosa dos maus, separando-se dos bons, ponham-se ocultamente, como se fará na perseguição do anticristo. Isto é, que o mistério da iniqüidade, a misteriosa iniqüidade, que é detida, fique detida até ser removida de seu esconderijo (onde se ocultava) para o centro da praça, à vista do público; pois muitos pecam agora às ocultas, mas chegará o dia na qual farão à luz do dia;

Na época da vinda do Anticristo os pecadores pecariam publicamente à vista de todos. Com o impedimento providencial de Deus retirado de seu lugar firme a reunião revoltosa dos maus poderia ser trazida à praça pública: as falsas doutrinas maçônicas do culto ao homem entronizadas pela falsa igreja, a meretriz das nações. Por isso aquele que possui a Fé mantenha-se firme nela, pois o pecado contra a Fé estaria à vista de todos. A apostasia ergueria seu estandarte em praça pública.

Podemos fazer uma analogia direta entre a profecia da retirada do impedimento ensinada por São Paulo com a do livro do profeta Isaías, onde o profeta Isaias escreve seu único oráculo particular:

É tirado o peso dos ombros de Eliaquim. (Isaias 22,19-25)

"Eu te deitarei fora de teu pôsto, e te deporei do teu ministério. E naquele dia chamarei o meu servo Eliacim, filho de Helcias, (para te substituir); vesti-lo-ei com a tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e porei na sua mão o teu poder; e será como um pai para os habitantes de Jerusalém, e para a casa de Judá. E porei a chave da casa de Davi sobre os seus ombros; e ele abrirá, e não haverá quem feche; e fechará e não haverá quem abra. E finca-lo-ei como uma estaca em lugar firme, e ele será como um trono de glória para a casa de seu pai. E estará pendente dele toda a glória da casa de seu pai, diversos gêneros de vasos, toda a sorte de pequenos instrumentos, desde os vasos de beber até os instrumentos de música. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, será arrancada a estaca que tinha sido fincada num lugar firme; e será quebrada, e cairá, e perecerá o que estava pendurado nela, porque o Senhor assim disse. (Vulgata de Pe. Matos Soares)

Vers. 25 "Nesse dia, oráculo de Iahweh dos Exércitos, será removida a cavilha cravada em lugar firme, ela será cortada e cairá; então se desprenderá o fardo que pesava sobre ele, porque Iahweh falou." (Bíblia de Jerusalém)

Citamos acima a profecia muito conhecida do Profeta Isaías por ser uma prefiguração do cargo do Papa, que sucedeu ao sacerdócio judeu.
O Profeta Isaias fala primeiramente de Sobna que é deposto de seu cargo, este fato leva-nos a crer que é a extinção do sacerdócio judeu, da antiga lei. Logo após dá-se o poder de Sobna a Eliacim que representa agora o poder papal. Mas em um determinado momento (naquele dia) esse poder também seria retirado, suprimido, desprendendo, portanto o fardo que pesava sobre ele (no caso do papa, à guarda da Fé).

Poderiam então, agora nos objetar que estaríamos afirmando uma heresia em dizer que em um determinado momento não haveria mais o Sucessor de Pedro para reger a grei de Cristo: estão completamente enganados.
A Igreja Católica já teve no passado vários períodos de vacância na Sé de Pedro, teve vários anti-papas, e nem por isso ficou desprovida de um futuro Papa que trouxesse novamente a firmeza da Fé de São Pedro.
Para que se cumpram as Escrituras é necessário que Vigário de Cristo seja rechaçado por um determinado tempo – que seja retirado o obstáculo - para que venha o Anticristo, para que se cumpra a Paixão da Igreja. Mas passado esse tempo tenebroso temos Fé suficiente para crer que novamente ele será entronizado e reinará com cetro forte na Sé de Pedro. É o que diz a profecia de Nossa Senhora em Fátima, sobre um futuro papa que estaria fora de Roma, pois esta cidade – de acordo com La Salette – se tornara a Sede do Anticristo.
Quando aconteceria isto ninguém sabe precisar. Mas é certo que acontecerá. Será quando a Igreja for elevada à Jerusalém Celeste? Seria para por fim à terrível crise que estamos passando? Seria na segunda Vinda de Cristo? É verdade, não sabemos. Mas, nem por isso, deixa de ser um fato garantido pelas Sagradas Escrituras.

Nosso Senhor advertiu para nos atermos aos sinais dos tempos. Sendo assim temos sólida convicção de que estes sinais certamente poderiam ser percebidos por diversas pessoas.

Para confirmar os sinais dos tempos e a chegada da grande apostasia temos que estar atentos às profecias aprovadas sobre o assunto. Diz o Pe. Emmanuel André:

“Além disso, todas essas profecias têm incontestavelmente o fim de fortificar a alma dos fiéis nos dias da grande prova. Todos os abalos, todos os pavores, todas as seduções que virão assaltá-los, tendo sido preditos tão exatamente, constituirão argumentos em favor da fé combatida e proscrita. A fé, neles se firmará precisamente por aquilo que deveria destruí-la.”Pe. Emmanuel André – O Drama do Fim dos tempos.

Na atual crise, temos de ir unindo com todo discernimento possível, todas as peças disponíveis deste “quebra-cabeças” onde, cada profecia é uma peça importantíssima e sumamente necessária.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CITAÇÕES QUE CONFIRMAM A PAIXÃO DA IGREJA

Disponibizamos seis citações que confirmam a Paixão da Igreja Católica:

1) Arcebispo Fulton J. Sheen:


(...)"Ele (Satanás) criará uma contra-igreja que será o macaco da Igreja, porque ele, o Diabo, é o macaco de Deus. Ela terá todas as notas e as características da Igreja, mas no sentido inverso e esvaziada de seu divino conteúdo. Será um corpo místico do anticristo que vai em todas as aparências assemelhando-se ao corpo místico de Cristo.  ...  Em seguida, será verificado um paradoxo - as muitas acusações  com que os homens no século passado, rejeitaram na Igreja, serão as razões pelas quais passarão a aceitar a contra-igreja." (...) [Arcebispo Fulton J. Sheen, Communism and the Conscience of the West, (Bobbs-Merrill, 1948), pp. 24 – 25.]

No google books:

2) São Nicolau de Flue, no século XV previu a crise na Igreja:



"A Igreja será punida porque a maioria dos seus membros, altos e baixos, vão tornar-se muito pervertidos. A Igreja afundará mais e mais profundamente, até que ela finalmente parecerá estar extinta e a sucessão de Pedro e dos outros Apóstolos ter expirado [uma aparente defecção da hierarquia]. Mas depois disso, ela será gloriosamente exaltada perante os olhos de todos os que duvidam ... "(Yves Dupont, Católica Profecia, p. 30, TAN Books and Publishers Inc., Rockville, IL., 1973).
3) A Enciclopédia Católica, em 1907, citando São Bernardo, identifica o Anticristo com um falso papa:
Em 1907, na Enciclopédia Católica, sob o título Anticristo, lemos que São Bernardo identifica a besta do Apocalipse como um antipapa. O Abade Joaquim acredita que o Anticristo irá derrubar o Papa e usurpar sua Sé. "Desde que o Anticristo simula Cristo, e o papa é a imagem de Cristo, o Anticristo deve ter alguma semelhança com o papa" (vol. 1, p. 561).

4) O Pe. Emmanuel André descreve em seu opúsculo denominado  “O Drama do Fim dos Tempos”, comentários sobre a terrível paixão que a Igreja deverá sofrer:


“Deus quis que os destinos da Igreja de seu Filho único fossem traçados de antemão nas Escrituras, como foram os de seu próprio Filho; é lá que iremos procurar os documentos de nosso trabalho.
A Igreja, devendo ser semelhante a Nosso Senhor, sofrerá, antes do fim do mundo, uma prova suprema que será uma verdadeira Paixão. São os detalhes desta Paixão, na qual a Igreja fará ver toda a imensidade de seu amor por seu divino Esposo, que se acham consignados nos escritos inspirados do Antigo e Novo Testamento. Nós os passaremos diante dos olhos de nossos leitores.” (pág. 4)
(...)A Igreja, como Nosso Senhor, será entregue sem defesa aos carrascos que a crucificarão em todos os seus membros: mas não lhes será permitido quebrar seus ossos, que são os eleitos, assim como com o cordeiro pascal estendido sobre a cruz. A provação será limitada, abreviada por causa dos eleitos; e os eleitos serão salvos; e os eleitos serão todos os verdadeiros humildes. Enfim, a provação acabará por um triunfo inaudito da Igreja, comparável a uma ressurreição.” (pág. 6)


5) O Cardeal Henry Edward Manning, na sua obra "A atual crise da Santa Sé", escreve:


"A apostasia da cidade de Roma desde o Vigário de Cristo e da sua destruição pelo Anticristo são pensamentos que podem parecer tão novos para muitos católicos, que me parece oportuno citar os textos de teólogos de maior renome. Primeiramente Malvenda, que escreve expressamente sobre esse tema, constata que a opinião de Ribera, Gaspar Melus, Biegas, Suares, Bellarminoe Boecio de que Roma irá apostatar da fé, rechaçará o Vigário de Cristo e regressará ao seu antigo paganismo. (...) Então, a Igreja será dispersa, impulsionada para o deserto, e será por um tempo, como era no início, invisível, escondida nas catacumbas, em tocas, nas montanhas, em lugares ocultos, por um tempo que será como que varrida da face da terra. Esse é o testemunho universal dos Padres daIgreja primitiva ". ( Henry Edward Cardinal Manning, A atual crise da Santa Sé, 1861, London: Burns e Lambert, pp. 88-90.)

6) Nossa Senhora profetizou em La Salette (França):
"Roma perderá a Fé e se tornará a Sede do Anticristo"
 Constatações muito importantes a fazer nos dias atuais, onde a atual "hierarquia católica" defeccionou da Fé!

Em Cristo, na Santa Igreja.

Rodrigo Santana

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Missal de Dom Gaspar Lefebvre descreve a Paixão da Igreja.

Versão Castelhana do Missal de Dom Gaspar Lefebvre de 1938
(Capa de rosto do missal)

Imprimatur de 1939



Trecho do missal que descreve a Paixão da Igreja.



2- Exposição histórica



Desde Pentecostes, no que a Igreja nasceu, esta vem reproduzindo século após século, a vida de Cristo, cujo corpo místico é.

Jesus, desde o dia em que nasceu, viu-se perseguido e teve de fugir para o Egito, enquanto se praticava a horrível matança dos inocentes. Também a Igreja sofreu durante quatro séculos fortes perseguições, tendo que se esconder nas catacumbas ou no deserto.

Jesus adolescente retirou-se para Nazaré, e ali passa longos e florescentes anos de sua vida no recolhimento e na oração. E a Igreja, desde Constantino, desfrutou de uma era de paz. Depois surgiram em todos os lugares catedrais e mosteiros que ressoavam dia e noite os divinos louvores, e cujos bispos, abades, padres e religiosos opuseram-se pelo estudo e zelo infatigável ao avanço da heresia e ao violento avanço da barbárie.

Jesus, o divino missionário, enviado pelo Pai as longínquas regiões deste planeta, começa aos trinta anos sua vida de apostolado; e a Igreja, desde o século XVI, deve resistir aos ataques do paganismo renascente, e espalhar por todos os novos mundos então descobertos a semente do Evangelho de Cristo. De seu ventre fecundo saíram sem cessar novas milícias, e nutridas falanges de apóstolos e esforçados missionários que anunciam a Boa Nova ao mundo inteiro.

Por fim Jesus termina sua vida com o sacrifício do Gólgota, logo seguido do triunfo de sua Ressurreição; e a Igreja, bem como sua divina Cabeça, se verá então vencida e cravada na cruz, embora ela ganhará a vitória decisiva. “ O corpo de Cristo, que é a Igreja, assim como o corpo humano, foi jovem num tempo, embora no fim do mundo terá uma aparência de caducidade” (Santo Agostinho)

As festas dos Santos são mais abundantes depois de Pentecostes, que é o maior dentre todos os períodos litúrgicos, podendo começar desce o dia 10 de maio e terminar em 03 de dezembro.


NOTA:

O trecho acima citado foi eliminado e substituído por outro texto nas edições de 1951, 1958 e 1962 do mesmo Missal.(edições utilizadas pelos fiéis brasileiros)



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

GRANDE EXORCISMO DE LEÃO XIII, NO SITE OFICIAL DO VATICANO

O GRANDE EXORCISMO DO PAPA LEÃO XIII, ESTÁ AGORA DISPONÍVEL NO SITE OFICIAL DO VATICANO.

TODOS OS QUE POSSUIAM DÚVIDAS À RESPEITO DA AUTENTICIDADE DO FAMOSO EXORCISMO - QUE PREVIU DE ANTEMÃO A USURPAÇÃO DO TRONO DE SÃO PEDRO POR UM FALSO PAPA -PODERÃO AGORA TER CERTEZA DE SUA PUBLICAÇÃO.

FOI PUBLICADO PELA EX SACRED CONGREGATIONE DE PROPAGANDA FIDE no dia 18 de maio de 1.890

ACTA SANCTA SEDIS 23 (ASS 23 – 1890-91) –PÁGINAS 743 A 746

CONFIRA NO LINK ABAIXO:

http://www.vatican.va/archive/ass/documents/ASS%2023%20[1890-91]%20-%20ocr.pdf

"Ecclesiam, Agni immaculati sponsam, vaferrimi hostes repleverunt amaritudinibus, inebriarunt absinthio ; ad omnia desiderabilia eius impias miserunt manus . Ubi sedes beatissimi Petri et Cathedra veritatis ad lucem genti um constituta est, ibi thronum posuerunt abominationis impietatis suae ; ut percusso Pastore, et gregem disperdere valeant." (www.vatican.va)

TRADUÇÃO:

"Os mais maliciosos inimigos tem enchido de amargura a Igreja, esposa do Cordeiro Imaculado, tem-lhe dado a beber absinto, tem posto suas mãos ímpias sobre tudo o que para Ela é mais sagrado. Onde foram estabelecidas a Sé do Beatíssimo Pedro e a Cátedra da Verdade como Luz para as Nações, eles tem erguido o Trono da Abominação e da Impiedade, de sorte que, ferido o Pastor, possa dispersar-se o rebanho."

PODERÁ SER ACESSADO INTEGRALMENTE NA LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DO LINK:

http://doctorisangelici.blogspot.com/2009/07/exorcismo-do-papa-leao-xiii-forma.html

terça-feira, 21 de setembro de 2010

MISSA TRIDENTINA CELEBRADA EM ANDRADAS - MG


Nos dias 12 e 13 de setembro, obtivemos a graça da presença do Revmo. Padre Espina em nossa cidade de Andradas-MG, o qual celebrou em solo andradense três Missas no imortal rito de São Pio V.

Gloria in excelsis Deo!

As fotos estão disponíveis no link abaixo:

http://cumexapostolatusofficio.blogspot.com/2010/09/visita-de-padre-espina-andradasmg.html

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O ... : Mistério da Fé : ...


Breve estudo sobre a validade da
consagração do vinho na missa nova
de Paulo VI
O presente trabalho que lançamos ao público é um estudo que aborda com precisão a mudança feita por Paulo VI na forma da consagração do vinho através do novus ordo missae.
Pode ser baixado gratuitamente no link:
Em Cristo, na Santa Igreja Católica.
Rodrigo Santana
Sandro Pontes

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SOBRE O ANTICRISTO

TOMADO DE RADIO CRISTANDADE
http://radiocristiandad.wordpress.com/2010/04/07/sobre-el-anticristo/


por María Angel

Por el Padre Basilio Méramo

San Ireneo en su obra “Contra las Herejías”, (Adversus Haereses) dice remitiéndose a San Pablo, que el Anticristo es: “El adversario que se alzará sobre todo lo que se llama Dios o es objeto de culto.” (Libro III, ed. Apostolado Mariano, p. 31). “Por eso, en la Bestia que ha de venir, tendrá lugar la recapitulación de toda la iniquidad y de todo engaño, a fin de que todo el poder de la apostasía, concluyendo en ella y encerrado en ella, sea arrojado al estanque de fuego. Es conveniente por ello que el número de la bestia sea 666, para recapitular en sí toda la maldad que se desencadenó antes del diluvio, a consecuencia de la apostasía de los ángeles… y para recapitular también todo error idolátrico posterior al diluvio…” (Ibíd., Libro V, p. 110).

El Anticristo es más una cuestión religiosa espiritual que una cuestión sociopolítica, económica. Esto ya señala la perspectiva eminentemente religiosa de la idolatría, resumida (cristalizada), sintetizada en el Anticristo. El acento está puesto sobre lo religioso más que sobre lo político, ya que la preeminencia siempre es de orden religioso, aunque con grandes implicaciones en lo social y en lo político. “… este número es el 666, es decir seis centenas, seis decenas y seis unidades, para recapitular toda la apostasía realizada durante seis mil años. Porque cuantos días duró la creación del mundo, tantos milenios durará su existencia…´si un día del Señor es como mil años´, y si la creación ha sido acabada en seis días, es evidente que la consumación de las cosas tendrá lugar el año seis mil.” (Ibíd., Libro V, p. 108-109).

Tenemos así que: 6 unidades = 6 unidades (1 día = 1.000 años) = 6.000 años. 6 decenas = 6 decenas (10 x 6 = 60 siglos) = 6.000 años. 6 centenas = 6 centenas (100 x 6 = 600 décadas) = 6.000 años. Esto concuerda con lo que dice Primacio (el primer comentador del Apocalipsis), sobre la significación del número 666 en griego: “Esta combinación da puntualmente la palabra griega aprounas, arnoume o arnauma, que corresponde a la palabra latina abrenuntio y la española reniego.” (Lacunza, La Venida del Mesías en Gloria y Majestad, 1816, tomo II, p. 14). “… la profecía, no puede significar otra cosa obvia, naturalmente que una profesión pública y descarada de aquel abrenuntio, o “hago profesión de renegado”, que parece el carácter o el espíritu distintivo propio de toda bestia.

Así, el tomar este carácter, no será otra cosa que un tomar partido por la libertad; un solvere Jesum público y manifiesto: una formal apostasía de la religión cristiana que antes se profesaba. Se dice que este carácter lo llevarán en la frente o en las manos, para denotar la publicidad y el descaro con que ya se profesará entonces el Anticristianismo: pues la frente y las manos son las partes más públicas del hombre, y al mismo tiempo, son dos símbolos propísimos; el primero del modo de pensar, el segundo del modo de obrar. Desatados de Jesús, desatados de la verdad y sabiduría eterna, no hay duda, que quedarán la frente y las manos; esto es, los pensamientos y las operaciones, en una sumalibertad; pero libertad no de racionales, sino de brutos… ” (Ibíd, p. 18).

Para completar la idea sin caer en elucubraciones que desvirtúan (desfiguran) la comprensión de la realidad, continuamos la cita: “Se dice que no podrán comprar, ni vender, los que no llevaren este carácter, para denotar el estado lamentable de desprecio, de burla, de odio, de abandono, en que quedarán los que quisieren conservar intacta su fe, y también para denotar la tentación terrible, y el sumo peligro que será para ellos este desprecio, burla, odio y abandono, viéndose descomulgados de todo el linaje humano.” (Ibíd., p. 18). Y como bien explica y advierte el P. Lacunza: “… el tomar y llevar públicamente este carácter, debe ser un acto libre y voluntario, no forzado. La razón es: porque la potencia de esta bestia no puede consistir en otra cosa que en sus armas; y estas armas, que son cuernos de cordero, locuela de dragón, milagros, etc., no son a propósito para obligar con fuerza y violencia, sino para mover y persuadir con suavidad. En suma: lo que se nos dice por todas estas semejanzas no parece otra cosa sino que la segunda bestia tendrá la mayor parte, y la máxima culpa en la perdición de los cristianos. Ella será la causa inmediata con sus obras inicuas y sus palabras seductivas de que los cristianos entren en la moda y se acomoden al gusto del siglo, rompiendo aquella cuerda de la fe, que los tenía atados a Jesús y declarándose por el Anticristo.” (Ibíd., p. 19-20).

El aspecto religioso del Anticristo, cuando se habla en general, se puede observar en lo que el P. Emmanuel dice:”El Anticristo será, verdaderamente, de tal manera a saber, la antípoda de Nuestro Señor.” (La Sainte Église, ed. Clovis, 1997, p. 274). “Esta claro, según lo que precede, que el Anticristo se presentará al mundo como el tipo más completo de esos falsos profetas que fanaticen las masas, y que las arrastran a todos los excesos bajo el pretexto de una reforma religiosa.” (Ibíd. p. 275). Reforma religiosa que podemos verificar con la producida por el Vaticano II, que ha cambiado con la reforma litúrgica y la nueva doctrina, la ley (lex orandi lex credendi) y los tiempos (de aggiornamento ecumenisista) cual obra del Anticristo, pues como el P. Emmanuel (citando a Daniel 7,25 donde se hace alusión al Anticristo) expresa: “Él pensará cambiar los tiempos y las leyes, y todo será dado durante un tiempo, dos tiempos y la mitad de un tiempo.” (Ibíd. p. 278). “Todo él tendrá pronto las miradas vueltas hacia el impostor, de quien las trompetas de una prensa complaciente celebraran los grandes hechos” (Ibíd. p 280). “Es muy creíble también que el Anticristo arreglará, para realzarse, todos los partisanos de las falsas religiones. Anunciándose como lleno de respeto por la libertad de cultos, una de las máximas y una de las mentiras de la bestia revolucionaria.” (Ibíd. p. 281).

“El [el Anticristo] hace cesar el culto público, quitará (dice Daniel), el sacrificio perpetuo. No se podrá ya celebrar la santa Misa sino en las cavernas y los lugares escondidos. Las iglesias no presentarán a las miradas sino la abominación de la desolación, a saber, la imagen del monstruo elevado sobre los altares del Dios verdadero.” (Ibíd. p. 284-285). Este monstruo vemos que es la nueva religión del hombre, el antropoteismo de la Nueva Iglesia post conciliar con su nueva misa bastarda, y ahora engalanada, cual monstruo benigno (legitimado) con el Motu Proprio.
“… el Anticristo tendrá su colegio de predicadores y de apóstoles a placer. (…) Tendrán la apariencia del Cordero, remedarán las máximas evangélicas de paz, de concordias, de libertad, de fraternidad; y bajo estas apariencias, propagarán el ateísmo más vergonzoso.” (Ibíd. p. 292). Y si como hace ver el P. Emmanuel: “El Anticristo será sobre todo un impostor…” (Ibíd. p. 302), ¿qué mayor impostura que la del orden divino y sobrenatural, la impostura religiosa ejercida en el nombre de Dios, de Cristo y de su Divina Iglesia, para adulterar el culto, la religión y la Iglesia? ¿Qué mayor seducción que adulterar, corromper, utilizando la investidura de la legalidad y del poder en el nombre de Dios?, puesto que: “… la persecución última revestirá el aspecto de una seducción.” (Ibíd. p. 303).

“La crisis será tal que invadirá la Iglesia profanándolo todo; y la verdadera Iglesia deberá refugiarse, cual pequeño rebaño fiel esparcido por el mundo, en la soledad del desierto, pues como bien dice el P. Emmanuel: “La vía de salvación permanecerá abierta y la salvación será posible para todos. La Iglesia tendrá medios de preservación proporcionados al tamaño del peligro.” (Ibíd. p. 298). “La Iglesia recordará la advertencia dada por Nuestro Señor para los tiempos de la toma de Jerusalén, y aplicable con el consentimiento de los interpretes, a la última persecución.” (Ibíd. p. 298). “Conformemente a estas instrucciones del Salvador, por la huida la Iglesia pondrá a salvo al pequeño rebaño.” (Ibíd. p. 299).

No hay que olvidar que sin fe no hay Iglesia, como bien dice el P. Emmanuel: “Está claro que si la fe podría apagarse en la Iglesia, no habría más Iglesia., todo vínculo sería roto entre la tierra y el cielo; la humanidad flotaría a la deriva fuera de Dios y de su Cristo.” (Ibíd. p. 102). “San Pablo enseña que Jesucristo habita en nuestros corazones por la fe (Ef. 3,17). Él hubiera podido decir: por la caridad. Él dijo por la fe, porque la fe es la raíz primera de la caridad y de toda vida cristiana.” (Ibíd. p. 102). Aún más, pues sin fe los sacramentos se vacían: “La fe es el alma de los sacramentos: ¿Qué serían sin la fe de la Iglesia que obra en ellos, o más bien, gracias a lo cual Jesucristo mismo, que los ha instituido, obra en ellos? Los sacramentos operan sus efectos maravillosos independientemente de la fe del ministro que los aplica; pero no independientemente de la fe de la Iglesia.” (Ibíd. p. 103). Por esto: “La fe es así todo junto al lazo de unidad de la Iglesia aquí abajo, y la virtud que la vuelve fecunda.” (Ibíd. p. 103). El drama de la hora actual es exclusivamente religioso: “…un drama exclusivamente religioso se desarrollará y envolverá el universo entero.” (Ibíd. p. 257).

Es necesario ver el doble componente cuando se habla en general del Anticristo: el civil y el religioso, pues el acento lo ponen más en el orden político que en el eclesiástico (sacerdotal) y no se mira sino una de las dos bestias apocalípticas, siendo ambas el Anticristo total (completo); y la peor es la bestia con nombre específico: el pseudoprofeta, el Anticristo eclesiástico. El P. Castellani nos da un primer indicio al respecto al decir:” El Anticristo será, pues, un Imperio universal laico, unido a una Nueva Religión Herética; encarnados ambos en un hombre o quizá en dos hombres, el tirano y el pseudoprofeta.” (Cristo ¿vuelve o no vuelve?, ed. Dictio, 1976, Bs.As. p. 47-48). “…y la visión de la derrota definitiva de los Anticristos…” (El Apokalipsis, ed. Paulinas, 1963,p. 279). “No agarrará a los dos Anticristos para hundirlos en el Orco: ’serán agarrados’ por un ángel, dice el texto; por el Ángel San Miguel…”(Ibíd. P. 289).

El P. Alcañiz dice clara y explícitamente: “El Anticristo estará compuesto de dos entidades: primero, La Bestia de 10 cuernos; que será un imperio mundial, dividido en muchas nacionalidades, que son los dedos de los pies en la estatua de Daniel y de los reyes de la tierra, tantas veces repetidos en la Biblia; pero todos capitaneados por un hombre de cualidades extraordinarias. Pero además de esta entidad política formidable, el Anticristo será otra entidad de tipo religioso, que el Apocalipsis llama Bestia en forma de cordero, regentada por un hombre, llamado el pseudoprofeta. Esta entidad religiosa será mucho peor que la política, porque esta saldrá del mar, que es el mundo, y la religiosa saldrá del Abismo, que es el infierno.” (Los Últimos Tiempos, Lima 1977, p. 1-2). “Este Anticristo compuesto aparece también en el capítulo 17 del Apocalipsis como una gran prostituta vestida de rojo y cabalgando sobre la Bestia de 10 cuernos, que aparece de color rojo también.” (Ibíd. p. 2).

“Una figura que incluye los dos elementos: político y religioso, que integran al Anticristo, es la del capítulo 17 del Apocalipsis: una bestia de 10 cuernos, que es el imperio mundial, tan repetido; político, integrado por mucha nacionalidades subordinadas. (…) Cabalgando sobre la bestia roja va una prostituta, también roja. El elemento religioso del Anticristo será una entidad religiosa, que adoptará las tendencias del imperio político, prostituyéndose, es decir, abandonando sus fines espirituales y esclavizándose al poder terreno, porque la apoyará.” (Ibíd. p. 2). “El elemento eclesiástico del Anticristo abandonará las enseñanzas espirituales de la religión y de la moral, para ofrecer cosas de tipo terrenal, con el fin de atraerse al mundo materializado. ¡Necia y lamentable equivocación!” (Ibíd. p. 4). “Se ve pues que el Anticristo eclesiástico procurará enloquecer a los pueblos con una borrachera de amor, pero amor de inmundicia y de fornicación: un amor impuro robado a Dios. De este tipo es el amor del progresismo, culturismo, humanismo actuales y el amor al prójimo por sí mismo y sin Dios, propio del marxismo soviético.” (Ibíd. p. 4). “Los integrantes del Anticristo eclesiástico, aparecen en la Biblia como imitadores de Balaam. Este y ellos escogidos por Dios para inducir a las gentes hacia Él mediante la enseñanza de la religión y de la moral; pero tentados por el Anticristo político con promesas de empleos lucrativos y honoríficos, inducirán al pueblo a la apostasía.” (Ibíd. p. 4). “Esto confirma la idea de que entre las dos cabezas, que integran el Anticristo completo: la política y la eclesiástica, esta será la peor…” (Ibíd. p. 7).

San Juan Evangelista y por antonomasia el apóstol apocalíptico, definió así al Anticristo: “qui solvit Iesum” (I Jn. 4, 3), el que disuelve (o diluye a Jesús), y esto por quitar el antagonismo entre Iglesia y Mundo, Cristo y Satanás, bien y mal, verdad y error, verdadero y falso, y en definitiva entre Cristo y Anticristo, entre Iglesia de Cristo y Contra-Iglesia del Anticristo.”
Citaremos a título ilustrativo algunos pasajes del P. Emmanuel que sirven de referencia y luz ante lo que hoy vemos y es un hecho; esto es, la relación entre el Anticristo y su nueva religión y la libertad religiosa del actual ecumenismo. “Es muy creíble, también que el Anticristo llevará para elevarse a todos los partisanos de las falsas religiones. Se anunciará como lleno de respeto por la libertad de cultos, una de las máximas y una de las mentiras de la bestia revolucionaria.” (La Sainte Église, ed. Clovis, 1997, p. 281).

“Queda claro, después de lo precedente, que el Anticristo se presentará al mundo como el tipo, el más acabado de estos falsos profetas que fanatizan las masas, y que las arrastran a todos los excesos bajo el pretexto de una reforma religiosa.” (Ibíd. p. 275). Bien podemos decir: tal como ha ocurrido con la reforma religiosa desde el Concilio Vaticano II (hace más de 40 años), hasta hoy. “Esto será el comienzo de una crisis terrible para la Iglesia de Dios.”(Ibíd. p. 280). Pues: “Él hará cesar el culto público; él quitara, dice Daniel, el sacrificio perpetuo. No se podrá más celebrar la santa Misa, sino en las cavernas y los lugares escondidos. Las Iglesias profanadas no presentaran ante las miradas sino la abominación de la desolación, a saber, la imagen del monstruo elevado sobre los altares del verdadero Dios. (…) Es aquí cuando la mano de Dios se hará sentir.” (Ibíd. p. 284-285).

Claro está que como advierte el P. Emmanuel: “La Iglesia tendrá medios de preservación proporcionados al tamaño del peligro.” (Ibíd. p. 298), pues: “La Iglesia recordara la advertencia dada por Nuestro Señor para los tiempos de la toma de Jerusalén, y aplicables según el consentimiento de los interpretes, a la última persecución”. (Ibíd. p. 298). Y: Conformemente a estas instrucciones del Salvador, la Iglesia se pondrá en resguardo por la huida del pequeño rebaño; (…) Puesto que durante ese tiempo, la Iglesia en la persona de los débiles, se escapara en la soledad; y Dios mismo tomara el cuidado de mantenerla oculta y de alimentarla.” (Ibíd. p. 298-300).

El drama de los últimos tiempos apocalípticos es eminentemente religioso y no político o económico aunque tenga derivaciones en el orden político y económico. Déjase ver claro lo que dice el P. Emmanuel: “Seguramente es un triste espectáculo al ver la humanidad, seducida y enloquecida por el espíritu del mal, intentar sofocar y aniquilar la Iglesia, su madre, su maestra divina. (…) Por encima, la fe nos hace seguir el gran antagonismo entre Satanás y Nuestro Señor; nos hace asistir a las astucias y a las violencias del espíritu inmundo para entrar en la casa de la cual lo expulsó Nuestro Señor Jesucristo. Al final entrará y querrá eliminar a Nuestro Señor. Entonces los velos serán rasgados, lo sobrenatural resplandecerá por todas partes; no habrá ya política propiamente dicha; un drama exclusivamente religioso se desarrollará y envolverá al universo entero.”(La Sainte Église, ed. Clovis, 1997, p. 256-257).

Queda claro que la gran crisis final y última (apocalíptica), sin solución humana, ni retroceso, sino todo lo contrario de acuerdo a la ley metafísico-histórica de la aceleración del mal en la medida que se aproxima a su fin, es un drama teológico religioso y sobrenatural, por eso en las Sagradas Escrituras se dice: el justo vivirá de la fe (Rom. 1, 17) sin configurarse al mundo: nolite conformari huic saeculo (Rom. 12,2), y todo lo que no procede de la fe es pecado (Rom. 14,23 ).

Hoy estamos ante esa perspectiva apocalíptica, los signos son evidentes, con dos siglos de advertencias marianas, y de los papas como Pío IX, San Pío X y Pío XII. Otra cosa es la resistencia diabólica a todo lo que tenga o contenga o aun conlleve una visión apocalíptica que se impone por el contexto histórico y metafísico de la historia, y aún más a la luz de la teología de la historia que se resuelve, en última instancia, en el orden exegético-apocalíptico de los Últimos Tiempos. En este sentido es muy cierto lo que dice Josef Pieper: “El enemigo del mundo será la Iglesia.” (El Fin del Tiempo, ed. Herder, 1984, p. 140). Claro está, se trata de la verdadera Iglesia reducida a un pequeño rebaño disperso por el mundo, y no de la falsa Iglesia “aggiornada” (puesta al día con el mundo), la Nueva Iglesia postconciliar ecuménica que abraza a todas las religiones, sin dogmas que dividan y perturben la falsa paz universal donde se convive en la sacrosanta democracia o como la definiera Nicolás Dávila: la religión antropoteista.

Y Pipier continúa diciendo: “La última forma intrahistórica que adoptaran las relaciones de Iglesia-Estado no será la de un arreglo, ni siquiera de lucha, sino una forma de persecución; es decir, la de acoso de los impotentes por el poder. Mientras que la manera de lograr la victoria sobre el Anticristo será el testimonio de la sangre:” (Ibíd. p. 141). El poder narcisista, el poder por el poder desvirtuado de su fundamento que es la verdad, la verdad a la cual todo poder en el cielo y en la tierra debe servir y garantizar so pena de ilegitimidad metafísica y teológica.

Por eso el gran pecado sin remedio es el pecado contra el Espíritu Santo, contra el Espíritu de Verdad; el pecado que impugna y conculca la verdad manifiesta o conocida, el gran pecado contra la verdad eterna de la cual deriva y participa toda otra verdad natural o sobrenatural. Por eso la característica del Anticristo (el Anti-Verbo) es impugnar la verdad revelada, es crucificar la Iglesia verdadera, perseguirla diluyéndola, configurándola, acomodándola al mundo moderno proclamado en la llamada Revolución Francesa, donde se proscriben los derechos de Dios y de su Santa Iglesia y se proclaman los falsos derechos del hombre soberano cual si fuera Dios.

BASILIO MÉRAMO PBRO.
Bogotá, 28 de Marzo de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

DEVERES FUNDAMENTAIS DOS CRISTÃOS

Os fiéis devem conhecer e tutelar a doutrina


19. Em presença dessas iniqüidades, seja o primeiro dever de cada um entrar em si e aplicar-se com todo o desvelo a conservar a fé profundamente arraigada em sua alma, livrando-se de todos os perigos e nomeadamente mantendo-se armado contra falácias e sofismas. A fim de melhor manter a integridade dessa virtude, julgamos utilíssimo e em conformidade às necessidades dos nossos tempos, que cada qual, segundo seus meios e inteligência, se aplique bem ao estudo da doutrina cristã e faça que sua alma se embeba, o mais possível, das verdades da fé acessíveis à razão. E, como não basta que a fé permaneça intacta nas almas, mas que deva ir crescendo com assíduos progressos, convém reiterar a Deus muito amiúde a suplicante e humilde petição dos apóstolos: “Senhor, aumentai-nos a fé” .(Lc 17,5)
20. Nessa mesma matéria que a fé cristã respeita, há outros deveres ainda, cuja fiel e religiosa observância, se em todos os tempos muito importou para a salvação, é nos nossos dias de uma importância extrema.
21. Nesse enorme e geral delírio de opiniões que vai grassando, o cuidado de proteger a verdade e de extirpar o erro dos entendimentos é missão da Igreja e missão de todo o tempo e de todo o empenho, como que à sua tutela foram confiados a honra de Deus e a salvação dos homens. Mas quando a necessidade é tanta, já não são somente os prelados que hão de velar pela integridade da fé, uma vez que: “cada um tem obrigação de propalar a todos a sua fé, seja para instruir e animar os outros fiéis, seja para reprimir a audácia dos que não o são”. (S. Tomás, Summa theol. II-II,q.3,a.2,ad 2.) Recuar diante do inimigo, ou calar-se, quando de toda a parte se ergue tanto alarido contra a verdade, é de homem covarde ou de quem vacila no fundamento de sua crença. Qualquer dessas coisas é vergonhosa em si; é injuriosa a Deus; é incompatível com a salvação tanto dos indivíduos, como da sociedade e só é vantajosa aos inimigos da fé, porque nada tanto afoita a audácia dos maus, como a pusilanimidade dos bons.


O perigo da inércia culposa

22. E essa covardia dos cristãos merece ainda maior censura porque desfazer acusações caluniosas e refutar opiniões falsas, com pouco trabalho se conseguiria as mais das vezes e, com algum trabalho mais, se conseguiria sempre. Em último caso não há ninguém, absolutamente ninguém, que não possa fazer uso e mostra de fortaleza que tão própria é de cristãos e que só como assumir basta não raras vezes para derrotar os inimigos com todos os seus intentos. Acresce que os cristãos nasceram para o combate, e quanto mais bravo ele for, mais certa será com o auxílio de Deus a vitória: “Tende confiança, eu venci o mundo” (Jo 16,33). Não venha alguém dizer que Jesus Cristo, como conservador que é da Igreja e vingador dos seus agravos, não precisa da cooperação dos homens, pois que, não por falta de poder, mas por excesso de bondade, quer Deus que contribuamos com alguma coisa para se obterem e lograrem os frutos da salvação que sua graça nos procurou.


Obrigação universal de professar e propagar o Evangelho

23. A primeira aplicação desse dever é professar, clara e constantemente a doutrina católica e propaga-la o mais que se puder. Com efeito, como já se disse muitas vezes e com muita verdade: o que mais prejudica a doutrina de Cristo é não ser conhecida. Ela , bem compreendida, basta para triunfar do erro, nem há aí alma simples e livre de preconceitos que a razão não mova a abraça-la. Ora a fé, ainda que como virtude é um dom precioso da divina graça e bondade; todavia, quanto ao objeto sobre que versa, não pode por via ordinária ser conhecida senão pela pregação: “Como crerão naquele que não ouviram? E como ouvirão sem pregador?... a fé é pelo ouvido, e o ouvido pela palavra de Cristo” (Rm 10,14-17). Por conseguinte, sendo necessária a fé para a salvação, segue-se que é inteiramente indispensável a pregação da palavra de Cristo. É certo que esse encargo de pregar ou de ensinar pertence por direito divino aos doutores, isto é, aos bispos que o Espírito Santo constituiu para governar a Igreja de Deus (At 20,28) e de um modo especial ao pontífice romano, vigário de Cristo, preposto com poder supremo à Igreja universal como mestre de quanto se há de crer e praticar. Mas não pense ninguém que ficou por isso proibido aos particulares cooperar com alguma diligência nesse ministério, principalmente aos homens a quem Deus concedeu dotes de inteligência juntos com o desejo de serem úteis ao próximo. Esses, em caso de necessidade, podem muito bem, não já afetar a missão de doutores, mas comunicar aos outros o que eles mesmos aprenderam, e ser em certo modo o eco dos mestres. Até mesmo essa cooperação dos particulares pareceu aos Padres do Concílio Vaticano I tão oportuna e frutuosa, que não hesitaram em reclamá-la nos termos seguintes: “ A todos os fiéis cristãos, principalmente àqueles que tem superioridade e obrigação de ensino, suplicamos pelas entranhas de Jesus Cristo, e em virtude da autoridade deste mesmo Senhor e Salvador nosso lhes ordenamos, que apliquem todo o seu zelo e trabalho em desviar esses erros e eliminá-los da luta da Igreja, e difundir a luz puríssima da nossa fé (Const. Dei Filius ad fin.).

24. Por fim lembrem-se todos que podem e devem disseminar a fé católica com a autoridade do exemplo e pregá-la com uma profissão constante.

25. Desse modo nos deveres que nos ligam com Deus e com a Igreja está em primeiro lugar o zelo que cada qual deve trabalhar segundo as suas forças em propagar a doutrina cristã e refutar os erros.(...)
Trecho da Encíclica Sapientiae Christianae do Papa Leão XIII, sobre os deveres fundamentais dos cidadãos cristãos.