Caso Bergoglio for Papa veja como Leão XIII manda obedecê-lo !
Trecho da
Encíclica
Sapientiae Christianae
do Papa Leão
XIII
(...)
Docilidade e submissão ao magistério
34. E essa obediência deve ser
perfeita, porque é imposta pela mesma fé e tem em comum com a fé o ser
indivisível. Antes, se não for absoluta e perfeita, de obediência poderá ter o
nome, mas não a natureza. A tradição cristã dá tanta importância a essa perfeição
de obediência, que sempre a teve e tem ainda hoje, por sinal característico
para se reconhecerem os católicos. É o que explica santo Tomás de Aquino de
modo admirável nos termos seguintes: “O objeto formal da fé é a verdade
primeira, segundo está manifestada nas Santas Escrituras e na doutrina da
Igreja que procede da verdade primeira por onde quem não adere, como à regra
divina e infalível, à doutrina da Igreja que procede da verdade primeira
manifestada nas Santas Escrituras, não tem o hábito da fé, mas possui as
verdades da fé por outro modo que não é a fé ... Ora, é manifesto que quem
adere à doutrina da Igreja, como a uma regra infalível, dá o seu assentimento a
tudo o que a Igreja ensina. Se assim não fosse, se entre as coisas que a Igreja
ensina, só se abraçasse o que lhe agrada e excluísse o que lhe desagrada, não
seguiria como norma infalível a doutrina da Igreja, mas sim a vontade própria”
(1). Uma deve ser a fé de toda a Igreja, segundo aquilo de São Paulo aos
Coríntios (1Cor 1,10): “Tende todos uma mesma linguagem e não haja divisões
entre vós”. Ora, essa unidade não poderá subsistir sem que as questões, que se
levantarem acerca da fé, sejam resolvidas por aquele que preside a toda a
Igreja, para que a sua sentença seja por ela acatada com firmeza. Por isso é
reservada à autoridade do Sumo Pontífice a nova edição de um Símbolo e qualquer
outra providência que diga respeito à Igreja Universal”.(2)
(1) - Summa Theol., II-II,
q.5 a.3.
(2) - Summa Theol., II-II,
q.1 a.10.
35. Quanto à determinação dos limites
da obediência não imagine alguém que
basta obedecer à autoridade dos pastores de almas e sobre todos do
pontífice romano nas matérias de dogma, cuja rejeição pertinaz traz consigo o
pecado de heresia. Nem basta ainda dar sincero e firme assentimento àquelas
doutrinas que, apesar de não definidas ainda com solene julgamento da Igreja,
são todavia propostas à nossa fé pelo magistério ordinário e universal da mesmo
modo como divinamente reveladas, as quais por decreto do Concílio Vaticano
devem ser cridas com “fé católica e divina” (3). É necessário também que os
cristãos contem entre os seus deveres o de se deixarem reger e governar pela
autoridade e direção dos bispos e principalmente da Sé Apostólica. Bem fácil é
de ver o razoável dessa sujeição. Efetivamente das coisas contidas nos divinos
oráculos, umas referem-se a Deus, e as outras ao mesmo homem e aos meios
necessários para chegar à sua eterna salvação. Ora, nessas duas ordens de coisas, isto é, quanto ao se deve crer e
ao que se deve fazer, compete por
direito divino à Igreja, e na Igreja ao Romano Pontífice determiná-lo. E
eis a razão por que o pontífice deve ter autoridade para julgar que coisas
contenha a palavra de Deus, que doutrinas concordem com ela e quais dela
desdigam; e do mesmo modo determinar o que é bem e o que é mal, o que se deve
fazer e o que se deve evitar para conseguir a salvação eterna. Se isso não se pudesse fazer, o Papa não
seria intérprete infalível da palavra de Deus, nem o guia seguro da vida do
homem.
(3) – Concílio Vaticano I, Constituição sobre a Fé Católica, cap.
3, De fide. Cf. H. Denziger, Enchiridion Symbolorium 11 ed., Freiburg i. Br.,
1911), p. 476.
36. Mas precisamos penetrar mais ainda na natureza íntima da Igreja.
Não é uma associação casual de cristãos, mas
uma sociedade constituída por Deus com uma organização perfeitíssima, tendo como fim direto e próximo a paz e
a santificação das almas. E como só ela
recebeu da divina munificência os meios necessários para tal fim, tem suas
leis fixas, seus deveres determinados, e observa na direção dos povos cristãos
um estilo e regime conforme com a sua
natureza.
(...)
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